2018 está a ser o segundo ano com menor área ardida da última década, com apenas 1.800 hectares consumidos pelas chamas, contra mais de 48.000 no ano passado, tendo contribuido para tal um Verão que tarda e, naturalmente, a devastação de anos anteriores, do que resulta uma menor área que possa ser consumida pelos fogos e maiores descontinuidades, que servem como barreiras naturais.
Segundo os dados da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), entre 01 de Janeiro e 15 de Julho deflagraram 6.035 incêndios, menos 2.624 do que no período homologo do ano passado, e em apenas dois a fase inicial de combate não foi suficiente para que ficassem controlados, exigindo outro tipo de ataque para a sua extinção.
Durante o período mais crítico, entre Julho e Setembro, estão operacionais 10.767 efectivos, apoiados por 2.463 veículos e 55 meios aéreos, o que representa um aumento de 1.027 efectivos, 398 viaturas e sete meios aéreos relativamente ao ano anterior, ficando assim o dispositivo reforçado em mais de 10%, o que, em situações mais críticas, pode revelar-se importante.
Serão vários os factores de que resulta uma escassa área ardida, mas é histórico que a seguir a um ano particularmente complicado, o seguinte tende a ser francamente mais calmo, com a possibilidade de os problemas surgirem um ano depois, altura em que a regeneração de diversas espécies potencia a propagação das chamas, num ciclo que se encontra patente nos registos dos últimos anos.
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