Por outro lado, não podemos deixar de lamentar que tenham sido removidos indevidamente por populares diversas peças ou partes da aeronave, num dos casos colocando destroços à venda, o que, obviamente, constitui um crime, nem o facto de não existir um cordão de segurança que protegesse os vários vestígios, evitando furtos e preservando o local do acidente tão intacto quanto possível para futuras investigações.
Também é de lamentar que este acidente tenha sido conotado com o conflito existente entre a LBP e o ministério da Administração Interna, envolvendo aqui a ANPC, pelo que várias das alegações feitas, ou mesmo erros ou falhas reportados, podem resultar do actual clima de confronto, sendo necessário analizá-las com a prudência e reserva que o bom senso impõe.
Os relatórios preliminares da ANPC apontam para falhas de comunicação e nos procedimentos, assumindo agora que houve falhas da parte da NAV, que demorou 20 minutos a efectuar os contactos necessários, a falta de contacto imediato com a Força Aérea, os CDOS que não atendem chamadas, o envio de meios inadequados, neste caso a GNR, que tratou o caso como um falso alarme, o facto de o 112 não ter dado o seguimento adequado às chamadas recebidas, numa sequência de erros absolutamente lamentáveis.
Como se os erros não bastassem, a "fita do tempo", com dados pessoais dos envolvidos no acidente, incluindo os dos tripulantes, testemunhas, investigadores chegou a estar disponível na Internet, algo absolutamente inaceitável que viola princípios básicos de privacidade pessoal e da reserva inerente a uma investigação em curso.
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