Já passaram três anos e quase parece que foi ontem que a Princesinha partiu, de forma inesperada, depois de dois dias em que a sua saúde se degradou com uma rapidez impressionante, dado que poucos dias antes parecia bem, tal como nesta foto, tirada poucos dias antes da sua morte, que todos os esforços realizados no Hospital Veterinário do Arco do Cego não puderam evitar.
Todos os gatos, para quem os conhece e com eles convive, têm uma personalidade única e irrepetível, com características muito próprias, estabelecendo as suas próprias regras de convivência e priorizando os seus afectos, estabelecendo um conjunto de ligações, desenvolvendo hábitos e rotinas, muitas vezes difíceis de entender, mas que possuem uma lógica e consistência que os mais atentos e interessados conseguirão perceber.
A Princesinha tinha, naturalmente, uma personalidade complexa, consequência de uma experiência de vida integrada numa comunidade que foi evoluindo, nos vários locais onde residiu ou na interacção que foi tendo com os raros seres humanos que aceitou na sua vida, sendo ao mesmo tempo terna e rebelde, recusando sempre os hábitos de um gato doméstico comum, enquanto mantinha a sua autonomia e independência.
Ao recordar a Princesinha, lembramos também um conjunto vasto de gatos que se cruzaram connosco, alguns dos quais deixaram recordações inesquecíveis e momentos únicos que ainda hoje fazem sorrir com quem teve o previlégio de com eles conviver, e que durante anos constituiram uma comunidade que se abrigava nas várias casas abandonadas e alegrava a vida deste bairro.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário