Na passada quinta-feira, a organização não governamental "World Wide Fund for Nature" apresentou o relatório "Arde o Mediterrâneo", onde são analizados dados estatísticos dos incêndios registados desde o início deste século, concluindo-se que Portugal é o país onde uma maior área é destruída pelo fogo.
Portugal é, igualmente, o país onde se regista um maior número de incêndios, com uma média anual de 22.600 ocorrências, um número muito mais elevado do que o da Espanha, que aparece em segundo lugar, com 12.000 incêndios, seguindo-se a Grécia, com perto de 9.000 incêndios, o que significa que o número de incêndios a nível nacional excede o dos dois países que se seguem, situação tanto mais grave se entrarmos em conta com as áreas das várias nações.
Do relatório consta que "Portugal é, de longe, o país mediterrânico mais afetado pelos incêndios florestais: nos últimos 30 anos é o país que enfrentou o maior número de sinistros e teve mais hectares queimados" e que, "em média, um ano, mais de 3% da sua área florestal é queimada", deixando bem patente o quão este flagêlo afecta o País.
Nestes dados estão incluídos os anos trágicos, que incluem 2003, 2005 e 2017, este último o ano dos incêndios de Pedrógão Grande, de que resultaram 66 vítimas mortais, bem como os incêndios de Outubro, onde o número de vítimas voltou a subir, atingindo nesse ano as 119, num ano em que arderam 540.000 hectares, o que corresponde a 250% acima da área média ardida anual.
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