quinta-feira, julho 11, 2019

Relatório "Arde o Mediterrâneo" - 2ª parte

Nesse mesmo ano, em Espanha arderam cerca de 180.000 hectares arderam, correspondente a um aumento de 70% face à média anual, tendo perdido a vida 4 pessoas, sendo sempre de recordar que entre os anos de 2000 e de 2016, quase 500 bombeiros e civis perderam a vida, do que resulta uma média de perto de 30 por ano, média essa que subiu substancialmente devido à mais de uma centena de mortos em Portugal no ano seguinte.

Conjuntamente, Portugal, Espanha, França, Itália, Grécia e Turquia, representam mais de 80% da área total ardida na Europa, verificando-se que, em média, ardem anualmente perto de 375.000 mil hectares de floresta na região do Mediterrâneo, como resultado de perto de 56.000 incêndios florestais.

Segundo o mesmo relatório, 96% dos incêndios na região do Mediterrâneo terão tido origem criminosa, dolosa ou negligente, com os incêndios a deixarem de ocorrer priordialmente no Verão, facto que se torna evidente pelo enorme aumento de ocorrência em Outubro, que aparece agora como o mês mais problemático, com 55% dos incêndios.

As alterações climáticas também são analizadas no relatório, que chama a atenção para alguns fenómenos e para as respectivas consequências, nomeadamente as condições excepcionais que se verificaram durante os incêndios de Junho de 2017, e que foram devastadoras na zona de Pedrogão Grande, bem como para a possibilidade de esta combinação se repetir, com resultados que podem revelar-se, mais uma vez, trágicos.

Sem comentários: