Desta forma, caso os dados estejam disponíveis e não sejam revelados publicamente, fica a sensação de que algo de grave está a ser escondido, podendo levar a todo o tipo de especulação, que começa a aparecer nas redes sociais, e que ligam o aumento da sinistralidade a uma diminuição das acções por parte das autoridades, uma sensação de impunidade generalizada ou a uma desastrosa condução das políticas de prevenção e de sensibilização.
A falta de clareza tende a ser, num curto espaço de tempo, a pior opção possível, potenciando especulações de todo o tipo e comprometendo a confiança dos cidadãos nas entidades oficiais, tornando injustificáveis decisões e opções destas que, naturalmente, serão interpretadas da forma mais negativa possível sem que se possa efectuar qualquer tipo de desmentido ou contraditório.
Manifestamente, algo está de muito errado a nível da sinistralidade rodoviária em Portugal, e para o facto tem que haver explicações, as quais só podem existir quando se baseiam em dados concretos e escrutináveis, pelo que a informação ainda por disponibilizar é essencial para o entendimento e combate a este flagelo, cuja evolução recente indicia erros por parte de decisores políticos, já que os operacionais no terreno e os condutores são, quando tipificados, sensivelmente os mesmos.
É inaceitavel que, face à evolução tecnológica dos veículos, num país onde o investimento na rede viária é particularmente elevado, provavelmente excedendo o razoável, a sinistralidade rodoviária aumente e com esta suba o número de vítimas mortais, sem que sejam disponibilizadas as informações que permitam tirar as devidas elações e, naturalmente, as medidas que visam contrariar esta tendência, única forma de devolver às populações a confiança nas entidades que supervisionam o sector e que não podem deixar de responder pela actual situação.
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