Por outro lado, especialistas questionam a utilização deste tipo de aeronave numa área com este tipo de orografia, cujas dimensões, peso e potência torna particularmente mais difícil de operar, resultando num risco acrescido de acidente com consequências graves, tal como sucedeu neste caso concreto, bastando uma perda de potência de um motor quando o reservatório de água está cheio para acontecer uma tragédia.
Acresce o facto de, mantendo uma altitude de segurança, essencial numa zona montanhosa, a largada de água é efectuada a alguma distância do fogo, pelo que a precisão, dispersão e evaporação diminui a eficácia, podendo-se por em causa se pode ser justificável recorrer a este tipo de aeronave num local como a Peneda-Gerês ou se, efectivamente, não haveria alternativas.
Também o socorro está a ser questionado, tendo surgido diversas versões quanto ao tempo que o INEM demorou a estar presente no local do acidente, tendo surgido demoras tão díspares como três horas, que seria intolerável, e uma hora, como defende o próprio INEM, e que, tendo em conta o local da ocorrência, seria perfeitamente razoável.
Embora só o inquérito possa revelar o que efectivamente se passou, tanto a nível do acidente, como do socorro, como uma avaliação da condução das operações de combate e da opção por este tipo de meio áereo, não podemos deixar de considerar como alarmante a sequência de acidentes com vítimas mortais ocorridos nas últimas semanas e que, neste momento, já não podemos encarar como meras coincidências.
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