quarta-feira, setembro 09, 2020

Bombeiro morre em Oliveira de Frades - 1ª parte

Num ano em que, em consequência da actual pandemia, toda a problemática dos incêndios florestais foi secundarizada, verificando-se um substancial aumento de área ardida face a 2019, registou-se mais uma vítima mortal, de um bombeiro que combatia um incêndio em Oliveira de Frades, num ano atípico e que contraria a tendência de redução do número de mortes resultantes dos fogos ocorridos no Verão, durante o qual morreram 5 bombeiros e o piloto de um Canadair.

O bombeiro, Pedro Ferreira de 38 anos, chefe da EPI da corporação local, foi inicialmente dado como desaparecido, tendo sido encontrado já sem vida, sendo apontado inicialmente como causa da morte a inalação de fumos, já que o corpo não estava queimado, mas outras causas estão em aberto, sendo que apenas a autópsia poderá revelar quais as causas da morte.

Este é um número de vítimas mortais excepcionalmente alta face aos indêndios ocorridos, não se encontrando em linha com os números dos anos mais recentes, e fazendo-nos regressar a alguns dos anos trágicos, onde efectivamente perderam a vida diversos bombeiros, mas que ocorreram há mais de uma década, após o que a tendência tem sido no sentido da redução do número de vítimas, exceptuando-se as tragédias de 2018, onde o grande número de mortes ocorreu entre as populações.

Dado que não acreditamos em coincidências, mesmo tratando-se de número absolutos baixos, se quisermos uma abordagem probabilística, mas que, mesmo neste tipo de dimensão ou universo, se revelam anormais, saindo completamente da sequência, pelo que terá que existir um conjunto de causas para que este número surja, sendo certo que ainda temos pela frente meses onde o número de ocorrências será elevado e, consequentemente, a possibilidade de ocorrência de vítimas irá ser semelhante à destes últimos meses.

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