Já apontamos para possíveis causas em textos anteriores, numa altura em que o número de vítimas mortais já apontava para a excepcionalidade deste anos, mas o facto objectivo é que, entre autoridades ou entidades oficiais, reina o silêncio, ignorando esta situação, centrando-se apenas, e mal, na pandemia que, efectivamente, também não sabem como enfrentar.
Objectivamente, surgem cada vez mais dúvidas quanto à forma como esta campanha foi preparada e, sobretudo, quanto às condições em que decorre, não apenas aquelas que dizem directamente respeito ao combate, incluindo-se aqui o dispositivo nos seus vários componentes, mas também no respeitante ao estado do terreno, que neste ano de pandemia não foi limpo adequadamente, criando situações de risco acrescido.
Efectivamente, a pandemia não apenas fez esquecer grande parte dos problemas com que o País se depara, mas também serve como uma inaceitável e vergonhosa desculpa para tudo o que não foi feito, para a falta de decisões e para os óbvios erros de planeamento e avaliação, que se revelou de um optimismo tão irrealista que dificilmente podemos ver nele algum tipo de conexão com a realidade.
Numa 2ª feira complicada, em que também ardeu uma viatura de uma equipa de Análise e Uso do Fogo da Força Especial de Bombeiros, num fogo em Castro de Aires, felizmente sem causar ferimentos em nenhum dos elementos desta equipa, a perspectiva para o que falta do período mais crítico de combate aos é negativa, podendo-se antever que a tendência se mantenha e, infelizmente, a possibilidade da ocorrência de mais vítimas, seja uma triste realidade que contrasta com as ilusões de alguns decisores.
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