É, ainda de salientar que em muitos locais onde esta nova tarifa pode ser utilizada, o acesso à Internet pode não ser funcional, como sucede em boa parte do Interior do país, não permitindo a sua utilização prática, sendo perfeitamente possível que grande parte do "plafond" se perca devido a falta de qualidade da rede.
Nesta vertente, manifestamente, ainda falta muito para fazer e duvidamos que, numa altura em que o 5G parece estar próximo, pelo menos segundo a mensagem oficial, as operadoras façam investimentos de relevo, não rentabilizáveis, nas actuais redes, pelo que quem não dispõe de Internet com qualidade aceitável, pode ainda demorar a puder usufruir de um serviço que hoje é quase tão essencial como água ou luz.
Esta tarifa, que, aparentemente, pretende impor às operadoras o cumprimento de um dever social, que pertence ao Estado, tem, no actual quadro, tudo para correr mal, desde uma má defenição dos serviços incluídos e limites estabelecidos até à cobertura de rede, passando pela falta de equipamentos, podendo-se incluir aqui os milhares de portáteis destinados a alunos carenciados que nunca foram entregues, pelo que, não havendo revisão dos termos e condições, pode caminhar para o fracasso.
Esta iniciativa, que consideramos socialmente justa e um complemento necessário para todos aqueles que já são apoiados a nível do consumo de outros serviços essenciais, deve ser completamente redesenhada e reavaliada, sendo absolutamente essencial que todo o processo seja negociado de forma clara e transparente com as operadoras, essenciais para o sucesso deste projecto, que pode ser vítima do actual clima de conflitualidade destas com o Governo.
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