Infelizmente, o imediatismo e uma contenção de custos determinam opções pouco recomendáveis, que, ou induzem em erro quem, sendo menos avisado, recorre a sondagens eleitorais como fonte de informação, ou são virtualmente inúteis, servindo para preencher algum tempo de emissão televisiva ou espaço nos jornais, podendo revelar-se francamente prejudiciais para quem se basear nestas para tomar decisões.
Não havendo legislação e controle eficaz, que obrigue a implementar critérios de qualidade e sancione, ou pelo menos denuncie, trabalhos de menor qualidade, o mundo das sondagens eleitorais continua pleno de dúvidas, havendo que considere que não passam de tentativas de manipulação ou instrumentalização de quem as lê, situação essa que deve ser combatida por comprometer trabalhos de qualidade e o aperfeiçoamento que se pretende para o futuro.
Mais uma vez, convidamos os nossos leitores a ler, ou reler, os textos que publicamos previamente acerca desta questão, consultem as sondagens que vão sendo publicadas e, na noite das eleições, uma vez publicados os resultados, tirarem as respectivas conclusões, certos de que, havendo erros e não se procedendo a correcções, a maior probabilidade é a de não se verificarem melhoramentos, mantendo-se um desfasamento que pode ser semelhante ao verificado nas autárquicas.
Dentro de um par de dias a mais algumas horas, a seguir ao fecho das urnas, as primeiras projecções com base em sondagens feita à boca das urnas vão fornecer o primeiro conjunto de dados com elevada fiabilidade, podendo, nessa altura tirar novas elações, acrescentado, nesse caso, novos dados para os estudos que temos vindo a fazer e que, naturalmente, continuaremos a publicar.
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