Obviamente, existe a questão dos equipamentos terminais, adquiridos para a plataforma existente, e que representam um enorme investimento, os quais teriam que ser substituídos para que os utilizadores pudessem explorar todas as funcionalidades de uma nova plataforma, mas que, caso esta tenha retro compatibilidade com normas e protocolos anteriores, pode ser efectuado de forma faseada, controlando assim os custos inerentes à transição.
Infelizmente, e voltando ao mesmo tipo de comparação, é exactamente como alguém que tem um chasso, um veículo velho, lento, inadequado para os dias de hoje, em vez de o trocar, obtendo o valor possível pela entrega de um usado para adquirir um novo, decide comprar um segundo chasso, como redundância do primeiro, assumindo que, desta forma, garante a disponibilidade, sem se preocupar com tudo o resto, incluindo-se aqui, por exemplo, desempenho e custos de manutenção.
Esta tem sido a política do Estado, e já atravessou diversos governos, com distintas orientações e predominâncias partidárias, no que não passa de um dispêndio absurdo de recursos públicos sem que de tal resulte um sistema fiável, eficiente e moderno, capaz de responder de forma adequada às necessidades dos dias de hoje, e para as quais existem tecnologias fiáveis e testadas prontamente disponíveis.
Este investimento, lamentável, não passa de uma confirmação da incapacidade de promover as alterações necessárias no sistema de comunicações de emergência, tal como sucede em numerosas outras áreas e serviços públicos, do que tem resultado um cada vez maior atraso de Portugal face a outros países, que optam por políticas distintas, que apostam na inovação e no progresso, aceitando o risco e o preço de abandonar tudo o que já pertence ao passado e, tendo tido a sua utilidade, e mesmo glória, hoje não passa de um peso inútil que a todos penaliza.
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