Naturalmente, a redundância é importante, tratando-se de uma rede de emergência, cuja disponibilidade deve ser permanente em quaisquer circunstâncias, mas, sem obviar o problema da largura de banda e das funcionalidades que dependem da capacidade de transmissão de dados, os estrangulamentos vão continuar, e com isso muitos dos actuais problemas, como a dificuldade de acesso à rede, sentida em situações de maior pressão.
A largura de banda, que depende da rede, neste caso 2G, sobre a qual assentam as comunicações, representa um problema inultrapassável mantendo a actual tecnologia e mesmo agregando canais e balançando a carga de forma mais dinâmica, o que, só por sí, também tem implicações tecnológicas, o desempenho nunca irá aumentar substancialmente, continuando a ficar longe das ofertas actuais, que recorrem a plataformas distintas, sobre as quais assentam outros protocolos.
Infelizmente, por muito que custe a alguns, só mesmo a mudança da tecnologia base pode permitir um melhoramento substancial do desempenho e a disponibilização de novas funcionalidades, pelo que investir na actual plataforma apenas adia o inevitável, enquanto o SIRESP se vai tornando cada vez mais obsoleto e um sorvedouro de dinheiro, sugerindo que ou falta coragem para mudar de direcção, ou a existência de demasiados interesses impede as mudanças que se impõe.
Em vez de optar por um sistema de redundância via satélite, este pode, perfeitamente, ser a base das comunicações, estando demonstrada a sua fiabilidade e desempenho, sendo disso exemplo o acesso à Internet nas zonas em guerra na Ucrânia, onde, mesmo face a grandes exigências e a uma utilização intensiva, esta opção tem vindo a provar, sendo patente que é uma alternativa a comunicações baseadas em fibra óptica, particularmente vulneráveis em zonas de combate ou, como em Portugal, de incêndios florestais.
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