O anúncio de um novo investimento, de 4.200.000 de Euros no SIRESP, a rede de comunicações de emergência do Estado, que visa obter uma maior redundância, recorrendo a comunicações via satélite, surge no seguimento de uma longa sequência de tentativas para actualizar algo que, pela data de concepção e forma de implementação, tem as limitações inerentes à idade e às tecnologias então disponíveis.
A ideia é adquirir seis centenas de equipamentos capazes de assegurar a comunicação via satélite, em caso de falha, ou seja, como redundância, mas não como aumento da largura de banda disponível, o que é, efectivamente, um dos factores críticos da rede e que impede a implementação de novas funcionalidades, para além de resultar em diversos constrangimentos que, não tornando a rede inoperacional, resultam numa perda de desempenho que, nalgumas situações reportadas, atinge níveis críticos.
No fundo, é como investir num automóvel construído com uma tecnologia com uma trintena de anos, no qual se vão trocando peças na esperança de obter um melhor desempenho, ignorando que um chassis antigo e com uma concepção para um determinado propósito, mesmo com novo motor e diversos melhoramentos, nunca poderá equiparar-se a um veículo recente da mesma classe.
No entanto, é exactamente isto que tem sido feito, numa sucessão de investimentos que nunca ultrapassarão o facto de as normas Tetra e tecnologia 2G estarem limitadas, permanencendo estrangulamentos inultrapassáveis e uma ausência de funcionalidades que, nos dias de hoje, nos parecem tão naturais como essenciais e estão presentes em qualquer telefone actual.
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