terça-feira, fevereiro 27, 2024

Entramos no 3º ano de guerra na Ucrânia - 2ª parte

Assim, a Rússia antecipou-se, não por temer uma ameaça externa, mas porque uma Ucrânia próspera, na qual os seus habitantes superassem em riqueza os cidadãos russos, iria abalar os alicerces de um regime, que, não obstante a repressão que exerce, sabe que enferma de demasiadas fraquezas para poder enfrentar um longo período de constestação, correndo o risco de colapsar, tal como sucedeu com o regime soviético, igualmente incapaz de assegurar a prosperidade a que os cidadãos das suas várias repúblicas almejavam.

O regime russo, apenas pela sua própria sobrevivência, ignorou o sofrimento do povo ucrâniano, e do próprio povo russo, recorrendo a um conjunto absurdo de mentiras para justificar os seus crimes, seja como Estado, seja aqueles que são cometidos pelas suas tropas em território Ucrâniano, independentemente de estes serem individuais ou resultarem de decisões hierárquicas, demonstrando assim a sua verdadeira natureza perante todo o Mundo, não obstante haver quem, pelas mais diversas razões, recuse uma evidência diariamente demonstrada.

O número de vítimas desta guerra é, para já, incalculável, mas será da ordem das várias centenas de milhares, a que temos que adicionar um número ainda superior de deslocados e de todos quantos, de uma forma ou de outra foram afectados de forma séria e não voltaram a ter uma vida normal, pelo que estamos diante de uma crueldade incalculável e de um número de crimes sem limite, sendo quase certo que muitos dos principais culpados nunca serão punidos e que a justiça, mais uma vez, irá falhar, tal como sucede quando pretende julgar os culpados pelos principais conflitos existentes no Mundo.

Ao entrar neste terceiro ano de guerra, a que os invasores continua, a chamar "operação militar especial", não podemos deixar de manifestar o nosso apoio e solidariedade ao povo ucraniano, que continua a resistir, não obstantes todas as dificuldades, muitas delas resultantes da falta de apoio por parte de vários países que não enviaram a ajuda prometida, extendendo a nossa solidariedade a todos quantos, dentro da própria Rússia, lutam por um país livre e democrático.

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