Não obstante a solidariedade de muitos, a nível individual e colectivo, e de algumas medidas paliativas por parte de diversas autarquias, estamos diante de um problema estrutural, de difícil resolução num país que continua pobre e crescentemente envelhecido, sendo essencial que, no mínimo, sejam introduzidas algumas medidas que permitam atenuar o problema resultante do tempo frio.
Uma descida no preço da energia, sobre a qual incide uma carga fiscal elevada, colocando os preços num patamar muito elevado, não apenas quando comparados com os praticados noutros países da Europa, mas, sobretudo, face aos vencimentos auferidos em Portugal, ajudaria a minorar o problema, com um efeito imediato nos preços, com a perda de receitas a ser compensada, mesmo que parcialmente, por melhorias na saúde e da qualidade de vida das populações.
Obviamente, soluções mais permanentes implicam um maior esforço organizativo e financeiro, por estarmos diante de um problema estrutural, com a falta de habitação de qualidade nos grandes centros urbanos a ter causas que vão muito para além de questões urbanísticas, pondendo-se apontar para a falta de ordenamento do País, a inexistência de planos estratégicos e o resultante abandono do Interior, com a concentração no Litoral a resultar numa pressão que colocar os mais frágeis em situações da maior vulnerabilidade quando fenómenos tão naturais, como o frio no Inverno, inevitavelmente acontecem.
No entanto, enquanto governantes e outros responsáveis não disponibilizam soluções concretas, face à incapacidade da sociedade civil de substituir o Estado naquilo que lhe compete e perante as fragilidades e insuficiências do sistema de saúde, fica o conselho de agir com prudência e proteger, tanto quanto possível, os mais vulneráveis, das consequências da exposição a baixas temperaturas, minorando as consequências que daí podem advir.
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