terça-feira, julho 29, 2025

ANACOM quer nova legislação contra o "spoofing" - 3ª parte

Apesar de a ANACOM vir agora sugerir medidas legislativas e alterações por parte dos operadores, o que, em teoria, é positivo, o facto é que o regulador tem uma acção fraca na manutenção das ordem no sector das comunicações, bem patente nos preços dos vários operadores a operar no mesmo sector ou no desastroso desempenho dos CTT, que se permite atrasos inadmissíveis enquanto mantém a concessão do serviço postal universal.

Provavelmente terão que ser os responsáveis pelo "software" dos dispositivos móveis, complementados pelas respectivas plataformas de inteligência artificial, a responderem ao "spoofing", já que dificilmente os operadores nacionais irão implementar novos filtros, mesmo que como resposta a nova legislação, que demora a ser aprovada e, quase sempre, se revela tecnicamente deficiente e de difícil implementação, resultando na sua inutilidade.

Também as empresas cujo nome é utilizado deviam ter uma intervenção mais acertiva, intervindo imediatamente na defesa dos seus clientes, tal como empresas prestadoras de serviços, uma vez alertadas, e caso não hajam num prazo determinado, e forçosamente muito curta, são essenciais para combater este tipo de crime, o que passa pela penalização severa da inação face a denúncias fundamentadas, assumindo a responsabilidade por prejuízos de terceiros.

Assim, a melhor defesa contra o "spoofing" continua a ser a educação dos utilizadores e a sua sensibilização para a necessidade de denunciar ataques, recorrendo às ferramentas disponíveis nos próprios dispositivos, selecionando as opções que aumentem a segurança e melhorem a privacidade e, acima de tudo, mantendo a calma e bom senso caso surjam ataques, evitando cair em qualquer das inúmeras armadilhas proporcionadas pelas tecnologias dos dias de hoje.

Sem comentários: