terça-feira, dezembro 09, 2025

Comportamentos de risco no todo o terreno - 1ª parte

A notícia de um veículo todo o terreno imobilizado no leito do rio Ferreira, perto de S. Pedro da Cova, de que, felizmente, não resultaram consequências graves para os cinco ocupantes, entre estes três crianças, colocou novamente em discussão, pelos piores motivos, a forma como muitos proprietários deste tido de veículos os usa, desrespeitando disposições legais e princípios básicos de segurança.

Quando o Inverno está à porta, em período de maior frio e quando anoitece mais cedo, a travessia de cursos de água torna-se ainda mais perigosa, surgindo dificultades acrescidas para o socorro, que se defronta com um maior número de desafios, incluindo-se aqui a necessidade de terminar a operação de resgate antes que as condições ambientais comprometam a saúde dos ocupantes, que podem entrar em hipotermia.

Também não podemos deixar de lembrar que as operações de socorro, neste tipo de situações, implicam sempre risco para todos os que nela são envolvidos, podendo acontecer acidentes seja no decurso da operação, seja durante a deslocação, tipicamente efectuada a uma velocidade elevada, sabendo que uma demora pode ter consequências para os socorridos.

Quem pratica todo o terreno sabe que a travessia de cursos de água tem restrições, não apenas por razões ambientais, mas porque existem problemas de segurança resultantes de diversos factores conhecidos, mas também como resultado da imprevisibilidade resultante da dificuldade em reconhecer todos os perigos presentes e escondidos sob a água, com a dificuldade em visualizar o leito a aumentar durante a noite ou com correntes fortes.

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