Comportamentos de risco no todo o terreno - 2ª parte

Sob a água, invísivel aos olhos, podem encontrar-se os mais diversos obstáculos e perigos, que vão desde o relevo do próprio leito, passando por objectos estranhos aí deixados ou arrastados pela corrente, passando pela consequência da intervenção humana, como a retirada de inertes, pelo que o risco está sempre presente.

Acresce, naturalmente, a força da corrente, por vezes difícil de calcular, e que, em muitos casos, pressiona o flanco do veículo, podendo levar a uma mudança de direcção, a que este seja arrastado, ou mesmo fazer com que este se vire, podendo ficar total ou parcialmente submerso, com tudo o que tal representa para a segurança dos ocupantes.

Conforme disse um comandante de bombeiros, deve haver uma responsabilização de quem adopta este tipo de comportamento arriscado e que, caso necessite de ajuda, coloca em risco quem participa no socorro, para além dos custos resultantes das operações e de eventuais danos ambientais, pelo que existem diversas vertentes, do ponto de vista civil e criminal, que podem ser abordadas.

Quem pratica todo o terreno sabe que a travessia de cursos de água tem restrições, não apenas por razões ambientais, mas porque existem problemas de segurança resultantes de diversos factores conhecidos, mas também como resultado da imprevisibilidade resultante da dificuldade em reconhecer todos os perigos presentes.