Bombeiros no combate a um fogo em Portugal
Aliás, é patente que, ao invés de outros anos, a importância dada aos fogos parece ser menor, vivendo-se uma certa resignação, como se esta fosse apenas mais uma tragédia a juntar a tantas outras que parecem surgir de forma contínua e inevitável.Se compararmos com anos recentes, nos quais a área ardida foi inferior, a falta de relevo dado aos fogos, com excepção dos que ocorreram na Madeira e Algarve, parece-nos evidente, secundarizados por um conjunto de notícias relacionadas com a crise e por um conjunto de eventos desportivos, nomeadamente os Jogos Olímpicos.
Eventualmente, quando os diversos relatórios pedidos pelo Governo forem disponibilizados e as mais que certas contradições forem debatidas, a problemática dos fogos voltará aos meios de comunicação social, mas presumivelmente o cerne da questão será o conflito entre as partes e não a substância do problema.
Certo é que será necessário apurar os factos que levaram o próprio comandante nacional de operações de socorro a admitir falhas, mesmo que tenha posteriormente recuado, e, sobretudo, sejam tomadas medidas no sentido de evitar que situações similares se repitam, o que implica, mais que tudo, um melhor ordenamento do território e acções preventivas, dado que, por muito eficaz que seja o combate, este não oferece soluções milagrosas.
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