Após a perda de dois bombeiros nos incêndios do Verão passado, outro elemento da corporação de Miranda do Douro ficou gravemente ferido, enquanto um veículo de combate aos fogos, de forma análoga ao sucedido no ano anterior, foi consumido pelas chamas durante o combate a um fogo florestal.
Podendo ser uma simples coincidência, decorrente do facto do elevado número de missões, da orografia e dos vários condicionalismos que se verificam no combate aos fogos, o elevado número de vítimas numa mesma corporação, a que acresce a perda de material, que sendo de muito menor importância, não deixa de ter peso, deve ser devidamente analisado.
É de refletir sobre a forma como uma corporação, ou uma qualquer unidade, deve regressar ao mesmo tipo de missão e de cenário onde sofreu perdas traumáticas, bem como a uma análise dos seus elementos, tanto enquanto colectivo, como em termos individuais, equacionando qual o efeito causado pela perda de alguém tão próximo em circunstâncias trágicas.
Naturalmente que cada caso é um caso, que perante a mesma situação, ou situações equivalentes, a reação de cada indivíduo ou grupo é diferente, o facto é que existem consequências a nível psicológico e mesmo funcional, do que resultará uma alteração procedimental, a qual, independentemente dos estudos, terá sempre um elevado grau de imprevisibilidade.
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