Naturalmente que para quem vive ou sobrevive nestas condições, a sensação de frio excede em muito a que resulta directamente da temperatura real, e o efeito resultante para a saúde e qualidade de vida é absolutamente indesmentível, não podendo ser quantificado através dos valores que nos são diariamente transmitidos pelos institutos meteorológicos, nem pelo acréscimo de óbitos que consta das estatísticas.
A opção de prestar apoio dependendo do nível de alerta ou da temperatura real, podendo ser mais objectiva, não persegue de forma adequado os objectivos que se propõe atingir, nomeadamente o de proteger e proporcionar algum conforto a quem se encontra em situação de maior risco e carência, sendo apenas justificável por questões orçamentais e pela facilidade de transpor automaticamente para uma decisão o conteúdo de valor facilmente mesurável.
Tal como, por exemplo, acontece com os fogos, onde o valor 30, correspondendo a temperatura e velocidade de vento superior e humidade inferior, corresponde a um alerta, deve ser elaborada uma fórmula onde os mesmos factores estejam presentes e que resultem num alerta que conduza à adopção de medidas de emergência no sentido de proteger quem se encontra numa situação de maior vulnerabilidade.
Caso fosse adoptado um princípio destes, com conjugação dos elementos que maior efeito têm em termos de sensação de frio e afectam de forma mais grave a saúde, quem necessita de apoio tê-lo-ia de forma mais continuada, pelo menos durante os meses de mais frio, protegendo a saúde dos que estão mais expostos aos elementos, sendo que o gasto acrescido resultante facilmente seria absorvido pelas poupanças em cuidados hospitalares.
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