Mesmo antes de chegar o Verão, após o termo da época mais chuvosa e com o aumento da temperatura, o risco aumenta, como se pode notar nos escassos dias em que se verificou mais calor, durante os quais surgiram nas terras altas os primeiros fogos, sendo óbvio que, como o evoluir das condições climáticas, os incêndios começarão a surgir com maior frequência.
Assim, podemos estar diante de um cenário potencialmente perigoso, com especial incidência nas zonas atingidas dois anos atrás, e nas suas circundantes, as quais, para além da vulnerabilidade resultante do aparecimento de vegetação, se encontram bastante abandonadas e, portanto, escassamente vigiadas, com acessibilidades limitadas, e sem que nelas se tenham verificado quaisquer trabalhos que previnam a eclosão de incêndios e o seu rápido alastramento.
Ao longo deste ano, a prevenção tem sido descurada, alguns equipamentos de protecção estão prometidos apenas para o início da fase de maior esforço, sendo imprevisível se chegam a tempo, e mesmo o período eleitoral que se aproxima parece não resultar na habitual maior disponibilidade de verbas públicas, essenciais para evitar notícias que podem comprometer uma reeleição.
Naturalmente, existem restrições decorrentes da necessidade de equilibrar as contas públicas, sendo patentes os cortes nas mais diversas áreas de acção do Estado, desde a Justiça à Saúde, tornando-se óbvio que as verbas vão sendo escassamente atribuidas em caso de absoluta necessidade, derrotando assim o planeamento adequado e as boas práticas de gestão, para as quais é necessário o período de tempo adequado a um estudo e avaliação cuidados e a um processo de compra tansparente, evitando os desastrosos e dispendiosos ajustes directos.
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