Nesta zona, que inclui Vila da Barquinha, já tinham ocorrido fogos em anos anteriores, tendo-se a vegetação regenerado, de acordo com o ritmo da Natureza, nalguns casos invadindo os acessos, tornando-os virtualmente intransitáveis, e alastrando até muito perto das habitações, cujos proprietários, ao contrário do prescrito pela lei, não procederam às exigíveis limpezas de terreno, colocando em perigo os seus haveres.
Acresce a temperatura elevada, com vento, e a fraca humidade, num dia em que estava anunciada a chegada de ar quente proveniente do Norte de África, contribuindo assim completar o conjunto de condições propícias à ocorrência de incêndios de grandes dimensões, os quais, não se podendo prever, seriam expectáveis.
Este é o tipo de cenário e conjuntura onde tudo contribui para múltiplas ocorrências que, rapidamente, atingem grandes proporções, sendo óbvio que não será caso isolado neste Verão, pelo que é expectável uma repetição, talvez com uma frequência elevada, para o que contribui uma quase ausência de trabalhos a nível de prevenção municipal, com um decréscimo do investimento nesta área onde o retorno é pouco visível e gera poucos créditos políticos.
Recordamos que esta questão foi previamente abordada, sendo previsível que neste ano, em que os incêndios já devastaram uma área superior à média para o mesmo período, seja de esperar que a devastação resultante dos fogos florestais, como consequência não apenas das altas temperaturas verificadas, mas de toda uma conjuntura favorável à propagação das chamas, possa colocar 2015 entre os piores anos em termos de área florestal destruída.
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