O mau tempo que se iniciou no último fim de semana constituiu um primeiro teste a uma consequência dos incêndios florestais que tende a ser minimizada, e que se traduz, entre outras, pela erosão de terrenos em áreas afectadas, queda de árvores danificadas ou inundações resultantes da menor capacidade de absorsão dos solos.
Com a atenção a centrar-se nos incêndios, concretamente nos danos imediatos, as consequências futuras tendem a ser descuradas, não obstante a sua inevitabilidade face à extensão ardida, do que resulta um número de locais vulneráveis extremanente elevado, sendo óbvio que em vários se verificarão os efeitos resultantes dos fogos.
Atribuídos, normalmente, ao mau tempo, o facto é que este apenas vem revelar e potenciar um conjunto de situações que têm outra origem e que não são prevenidas de acordo com o perigo que representam e a imprevisibilidade da sua evolução, que contrasta com a elevada probabilidade de vir a suceder.
O acidente em Marco de Canavezes, que provocou uma vítima mortal e um ferido ligeiro, quando uma viatura ficou imobilizada por uma pedra, tendo sido atingida por uma árvore que entretanto caiu, é exemplo das consequências do mau tempo, que nos dias de hoje já ninguém lembra que, na sua origem, poderão estar os incêndios que devastaram grande parte do País, pelo que tal pode ocorrer em áreas bastante extensas.
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