Para muitos, este é um Verão que tardava, com algumas subidas de temperatura interrompidas pelo mau tempo e por alguma chuva, o que não impediu que o número de ocorrências em termos de incêndios florestais não fosse substancial, mas as condições climatéricas foram determinantes para um cenário que, apesar de tudo, se revelou dentro do esperado para este período.
A previsão de que o tempo quente terá chegado, de forma mais contínua e consistente, terá, naturalmente, um impacto directo no número de ocorrências, sendo de prever que a semana que se avizinha seja a primeira em que o dispositivo deste ano será efectivamente testado, numa altura em que nos aproximamos do primeiro aniversário sobre a tragédia de Pedrogão Grande.
Sendo quase certo, face à extensão da área ardida em 2017, que este será um ano onde, comparativamente, arderá uma área menor, facto que resulta de um conjunto de circunstâncias óbvias, a possibilidade de se verificar uma ou mais tragédias pontuais está presente, bastando para tal que convirjam no espaço e no tempo os factores necessários, tal como sucedeu em Pedrogão no ano passado, e será na existência ou não destes casos particulares que se avaliará o ano em termos de fogos.
Inegavelmente, este ano foi efectuado um maior trabalho a nível da prevenção e as populações estão mais alerta e preparadas, pelo que, no actual cenário, os atrasos contratuais que atrasaram a disponibilidade dos meios considerados necessários e as dúvidas quanto à composição do dispositivo dificilmente terão um impacto severo na fase crítica que se aproxima.
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