Já rebatemos por diversas vezes o argumento de que a interdição, ou fortes restrições a nível de circulação, tivesse um efeito positivo na diminuição de incêndios como consequência de questões mecânicas ou mesmo comportamentais, mas no caso da Serra de Sintra, manifestamente, o problema é distinto e os riscos apontados são outros e, eventualmente, mais compreensíveis.
O problema do excesso de tráfego na Serra de Sintra é conhecido, e o proliferar de pequenas viaturas turísticas, como os "tuk tuk", que circulam a velocidades particularmente lentas, ou o caos criado pelos comportamentos mais ou menos imprevisíveis de alguns condutores, que, para melhor disfrutar da paisagem, efectuam manobras que prejudicam o fluxo do trânsito, tem vindo a agravar as dificuldades para quem necessita de uma deslocação rápida.
Os congestionamentos de tráfego são bem conhecidos de todos, podendo ser semelhantes, em termos de morosidade, aos que se verificam dentro de uma grande cidade nas alturas mais críticas, mas que, em plena serra, em locais cercados de vegetação e sem vias alternativas, seja para socorro, seja para fuga, assumem uma muito maior gravidade, colocando em risco todos quantos se encontram no local.
Naturalmente, a decisão da edilidade local, por ser divulgada com escassa antecedência, tem um impacto negativo em diversos operadores turísticos, mas caso haja um critério baseado no nível de alerta, ou num conjunto de previsões que são habitualmente disponibilizadas com alguma antecedência, tal parece-nos que faz todo o sentido, desimpedindo as vias de circulação e facilitando assim a intervenção de meios de socorro.
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