Aliás, devemos acrescentar que não nos opomos a limitações na circulação de veículos turísticos, sabendo que a actividade destes cria uma pressão por vezes insuportável nas populações locais, as quais, muitas vezes, enfrentam cada vez mais dificuldades no dia a dia e um aumento de preços que, em numerosos centros urbanos, mesmo que de pequenas dimensões, desde que com forte presença turística, acaba por resultar na expulsão dos residentes.
Os bombeiros, e quem está ligado ao socorro a nível concelhio, aplaudiu e apoiou esta decisão, apesar de se poder contestar, ou por em dúvida, o critério quanto à área abrangida ou as isenções e período escolhido, mas este será um dos caminhos a seguir quando os problemas de circulação derivam do excesso de veículos, e que se deve optar pelo caminho oposto, facilitando a presença, em espaços pouco ocupados, nos quais o alerta tende a ser mais tardio.
No entanto, compreensíveis como medida de contingência, este não pode ser o caminho a seguir em termos estruturais, nem o planeamento e preparação de soluções efectivas, nem sequer substituir outro tipo de medida, como o pré posicionamento de meios nas zonas mais críticas, pelo que, caso alguém pense que esta será a solução para os problemas da serra de Sintra, ou de outro local com configuração semelhante, incorre num erro da maior gravidade.
Talvez mal explicada ou escassamente contextualizada, estas restrições parecem-nos ser razoáveis, sendo certo de que um incêndio grave na Serra de Sintra terá um impacto muito mais negativo nos operadores turísticos que hoje se queixam, do que as consequências de uma devastação que, essa sim, reduziria em muito o número de visitantes com que contam para o sucesso da sua actividade.
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