A distribuição de um "kit" fornecido pela Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil destinado às populações que vivem em zonas de maior risco de incêndio e incluem um lenço de protecção contra o fumo, ineficaz pela ausência de tratamento anticarbonização, e feitas em material sintético, extremamente inflamável, já foi apresentada como parte de um mecanismo de auto-protecção ou como um simples instrumento de "marketing".
Apesar de o "kit" ser constituído por vários items, incluindo um estojo de primeiros socorros, ou apito, lanterna e bússola, dado que apenas a gola e, eventualmente, o colete, se destinam a serem envergados, e somente o primeiro destes poderia ser, pela sua aparência, um equipamento de protecção, as atenções centram-se sobre a agora célebre gola 100% em poliester.
Manifestamente, reina a confusão entre as entidades responsáveis, e as declarações do ministro da Administração Interna, de tão lamentáveis, como absurdas, nem justificam comentários, mas as afirmações de uma responsável da ANEPC, que considerou que a gola podia ser usada numa situação de fumo, mas longe do fogo, contradizem quer a possibilidade de estarmos diante de um instrumento de "marketing", seja a actuação normal de quem envergue esta suposta protecção.
Aparentemente, o fabrico em poliester faria parte do caderno de encargos e a empresa vencedora, que não opera no sector dos equipamentos de protecção, sempre assumiu que estaria a fornecer os items para uma campanha de "marketing", nunca questionando a utilização destas golas, nem os critérios de adjudicação onde, pelo que se sabe, o preço era relevante, o que coloca de parte materiais com outro tipo de características.
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