A Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) revelou, finalmente, o número de mortos em acidentes de viação que ocorrem em consequência destes e nos 30 dias subsquentes durante o ano de 2018, elevando para 675 o total de mortes, mais 12% do que no ano anterior e confirmando assim o número mais elevado dos últimos sete anos.
Estes dados já deviam ter sido revelados há meses, sendo injustificável que seja necessário decorrerem 8 meses para apresentar uma estatística que, em termos factuais, fica fechada decorrido o primeiro mês do ano e que, por este tipo de vítima ser transportada para um conjunto restrito de hospitais, pela sua concentração num universo reduzido e conhecido, dificilmente apresentará dificuldades de que resulte um atraso significativo na sua consolidação.
É de salientar que o número total de mortos, actualmente, inclui os que morrem nos 30 dias seguintes ao acidente, algo que, mesmo assim, parece limitativo dado que são múltiplas as situações em que a casualidade existe, não sendo contabilizados tão somente porque o óbito ultrapassa o limite de 30 dias, mesmo que a ligação seja óbvia ou o doente esteja permanentemente em coma, vindo a falecer passados meses.
Assim, estes 675 mortos, contabilizados de acordo com as regras internacionais, não representarão, certamente, o número real de vítimas mortais, que, com toda a probabilidade, nunca será conhecido, mas que, com base em estudos estatísticos, pode ser obtido de forma aproximada, revelando-se assim uma realidade que continua parcialmente ocultada e para a qual são necessárias explicações.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário