Dado que, pela mesma altura, surgem as primeiras vacinas, e todos assistimos à festa que rodeou a sua chegada, a mensagem era óbvia, apontando, mesmo que subjectivamente, no sentido de se ter terminado um capítulo, como disseram responsáveis políticos, que assinalaram o "fim do princípio", a que se pode associar, naturalmente, o ultrapassar da fase mais crítica da pandemia.
Imediatamente a seguir ao período de Natal, surge a passagem de ano, altura em que o número de infecções assimtomáticas já tinha disparado, pelo que os contágios, mesmo que sendo em número desconhecido, para o que contribuiu a falta de testagem nesses dias, se multiplicaram novamente, dando origem a um novo conjunto de cadeias de transmissão, cuja percepção só surgiu em meados de Janeiro.
Como acontece com uma infecção na qual os sintomas demoram a revelar-se, e nem sempre são aparentes, mesmo para o próprio, uma percepção correcta da realidade implica testagem, mesmo que por amostragem e não de forma sistemática, como forma de acompanhar a situação e poder intervir de imediato, mesmo que com base em informações incompletas e com alguma margem de erro.
Este é o tipo de situação onde uma decisão adiada tem, inevitavelmente, consequências muito mais graves do que uma decisão menos correcta, que pode ser corrigida no futuro, em função da disponibilização de novos dados, mas precisos, num processo contínuo de avaliação e correcção, para o que é necessário saber transmitir uma mensagem clara e merecedora de confiança.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário