É de notar que não existem estudos que permitam dispor de modelos capazes de modelar um mundo e um país no futuro, identificando mudanças, estabelecendo novos caminhos, bem como as prioridades onde o Estado deve investir para criar as estruturas necessárias para a evolução que se impõe e sem a qual virá a ruína.
Insistir num modelo ultrapassado, hoje completamente obsoleto, impossível de ter sucesso nesta nova realidade, apenas porque uma ruptura implica enfrentar um sem número de poderes instalados, que constituem uma verdadeira teia de interesses e relações, tantas vezes de legitimidade duvidosa, implica um inevitavel fracasso, arrastando para a miséria muitos dos sobreviventes da crise pandémica, numa sucessão de tragédias devastadora.
Duvidamos que tal mudança esteja ao alcande da actual classe política, manietada por um passado comprometedor, mas menos ainda por extremistas ou demagogos, cujas soluções fáceis e sedutoras apenas escondem a mentira e incapacidade, pelo que apenas a mobilização da sociedade civil e a emanação de novos líderes, com visão e competência, poderá implementar as mudanças que há muito são necessárias e, hoje, urgentes.
Sem profundas alterações estruturais, à pandemia seguir-se-á uma nova tragédia, potenciada pela primeira, e com consequência mais profundas, ainda mais imprevisíveis, e que, mesmo quando ultrapassada, deixará marcas mais duradouras, com os efeitos a poder prolongar-se por anos, onde a agitação social e a conflitualidade terão um profundo impacto na sociedade e na forma como nos vemos enquanto povo e nação.
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