Infelizmente, diz-nos a experiência, e podemo-nos basear em episódios conhecidos, como o da "StayAway Covid", a aplicação de rastreio disponibilizada pelo Governo e que, não obstante o número elevado de adesões, nunca produziu resultados pelo simples facto de os utilizadores não reportarem contactos de risco, a probabilidade de alguém com resultado positivo ou inconclusivo comunicar com as autoridades de saúde são escassas.
Se extrapolarmos o que sucedeu com a "StayAway Covid" para os auto-testes, teremos que concluir que estes servirão, sobretudo, para esclarecer os próprios, eventualmente levando-os a adoptar outros comportamentos, mas só uma pequena percentagem irá entrar em contacto com as autoridades de saúde, pelo que estes testes proporcionarão, sobretudo, uma informação ao próprio e, eventualmente, a contactos próximos.
Acresce o facto de, ao contrário da aplicação, os testes serem pagos o que, nesta conjuntura, será limitativo para muitos, pelo que seão utilizados por quem tenha maior disponibilidade financeira e pretenda obter os resultados de forma anónima, o que pode indiciar que não pretende dar seguimento ao processo, caso o resultado não seja negativo, evitando assim as limitações daí decorrentes.
Por outro lado, tendo em conta a forma como são realizados, estes teste não podem ser usados como prova de não infecção, dado que podem ter sido trocados ou realizados por outrém, pelo que a sua validade formal é, efectivamente, nula, sendo impossível que sejam utilizados como subsitutos de testes realizados em laboratórios certificados ou através de entidades oficiais.
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