segunda-feira, agosto 16, 2021

Vaga de calor chega a Portugal - 2ª parte

Não obstante o reforço dos meios de combate aos incêndios e o posicionamento de reforços nos locais mais vulneráveis, e independentemente do esforço de todos os envolvidos nas operações, estes nunca serão suficientes caso a situação evolua de forma semelhante ao verificado em Outubro de 2017, altura em que o fogo atingiu uma grande parte do território nacional, no que foi uma das maiores tragédias a nível de incêndios florestais.

Infelizmente, nem todos os meios previstos, e adquiridos, estarão operacionais, destacando-se aqui os sistemas de vigilância, não apenas no respeitante às câmaras, mas, sobretudo, relativamente aos doze "drones" adquiridos por perto de quatro milhões e meio de Euros e que, após a queda de três aparelhos, continuam inoperacionais, o que devia implicar a exigência de uma explicação para este facto objectivo.

Esta aquisição data de Maio do ano passado, tendo o Ministério do Ambiente anunciado os primeiros voos para 01 de Junho, o que foi desmentido pelo Ministério da Defesa, que estabeleceu o dia 21 de Julho para o início dos voos, data essa que foi adiada, pela mesma entidade, para 31 de Agosto, o que não se veio a verificar, dado que não cumpriam os requisitos previstos.

Nessa data, a Força Aérea devolveu os "drones" ao fabricante, estando quatro dos "drones" operacionais no final de Setembro de 2020 para missões de vigilância da floresta, o que corresponde a um terço das unidades adquiridas, algo que, por muito que custe a crer, não impediu a Guarda Nacional Republicada de adquirir outras 14 unidades que ainda não foram entregues.

Sem comentários: