segunda-feira, novembro 01, 2021

Novas eleições, novas sondagens - 1ª parte

Com a realização de novas eleições, cuja data será anunciada brevemente, surge uma nova oportunidade de verificar se as sondagens irão antecipar os resultados eleitorais ou, tal como sucedeu nalguns casos recentes, a nível de eleições autárquicas, se afastarão de forma substancial da realidade.

Temos, portanto, uma nova possibilidade de estudar o relacionamento entre sondagens e os resultados obtidos nas urnas, verificar quais os erros e, eventualmente, determinar qual a sua origem, que, consideramos, permitirão obter um conjunto de informações que não a pretendida, mas que, nem por isso, deixa de ser menos interessante, por permitir aferir outro conjunto de realidades.

É de notar que existem diferenças flagrantes entre eleições gerais e locais, com eventuais erros em localidades ou mesmo distritos a poderem ser amortecidos pelo conjunto dos dados nacionais, caso não seja apresentados dados por localidade, essenciais para analizar eventuais disparidades.

De acordo com a teoria que temos vindo a desenvolver, o desfasamento entre sondagens e resultados será maior onde houver uma maior dependência dos eleitores face ao poder instituido, pelo que tenderá a acontecer em cidades onde existam mais organismos públicos e nas autarquias que proporcionam mais empregos, com uma maior coincidência a ocorrer noutros locais, onde a intervenção e presença do Estado seja de menor relevo.

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