quarta-feira, dezembro 01, 2021

Portugal regressa ao "estado de calamidade" - 3ª parte

Mas talvez o mais grave deste conjunto de medidas seja a imposição de uma "semana de contenção" no início de Janeiro, com diversos estabelecimentos fechados, adiamento do início do segundo período de aulas por uma semana, e o tele trabalho obrigatório, esquecendo completamente o impacto deste tipo de medidas no início de um novo ano civil.

O regresso ao trabalho não presencial tem implicações na estrutura de uma empresa, não é algo que, na maioria dos casos, esteja permanentemente disponível, por implicar um conjunto de recursos e estruturas adequadas, bem como sistemas de comunicações reforçados, algo que pode ser contratualizado com os operadores, mas depende da disponibilidade destes e dificilmente pode ser contratado por pequenos periodos.

Só mesmo quem não tem conhecimento da realidade empresarial, e já nem vamos abordar a questão técnica, pode, com tal leviandade, estabelecer a obrigatoriedade de trabalho não presencial obrigatório por uma única semana, ignorando completamente as alterações e recursos necessários para a sua concretização.

Também a suspensão das aulas por uma semana, aplicável a todos os níveis de ensino, incluindo creches, tem graves implicações, sendo certo que muitos pais não têm onde deixar os filhos, podendo ser obrigados a faltar ao trabalho, o que tem um enorme impacto nas empresas, cujo período de início do ano é particularmente trabalhoso.

Sem comentários: