Aparentemente, quase dois anos de pandemia não ensinaram muito a quem governa o país, com erros clamorosos de gestão, particularmente graves no Natal e passagem de ano passados, que se repetem, um pouco ao ritmo dos ciclos eleitorais, ficando patente que a dissolução da Assembleia da República veio introduzir uma nova variável, que apenas uns meses atrás não era prevista, e que obrigou a alterações de rumo ditadas pelo novo processo eleitoral.
Face a este conjuntura, dar um, ou vários, passos atrás, era inevitável, regressando a um conjunto de imposições existentes num passado recente, com algumas variantes, algumas das quais inexequíveis ou perigosas, como a imposição de coimas de até 20.000 Euros caso transportem um passageiro sem certificado de vacinação ou teste válido, a que acrescem as despesas inerentes ao repatriamento, quando aplicáveis, incluindo-se as de permanência em território nacional.
Naturalmente, num país fortemente dependente do turismo, passar essa responsabilidade para as companhias aéreas pode ter um impacto severo, sendo possível que estas optem por reduzir o número de voos, ou suspendê-los a partir de algumas proveniências, com consequências graves para o sector turístico, sendo certo que transferir para outras entidades o controle que efectivamente não é exercido pelas autoridades portuguesas, em caso algum pode resultar.
Por outro lado, este tipo de medida, tal como o aumento do rigor nos requisitos para a entrada em Portugal, sendo exigida vacinação e teste, já foi noticiado no estrangeiro, nomeadamente nos principais mercados turísticos, pelo que o impacto, inevitavelmente se fará sentir, não apenas como resultado directo destas imposições, mas também devido a uma percepção de risco agravada, contrariando a sensação de que Portugal é um país seguro.
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