Este tipo de erros estão presentes um pouco por toda a cidade de Lisboa, mas também em muitas outras localidades, sendo que na capital a extensão de construções e parques de estacionamento e outras estruturas na zona ribeirinha, de forma desregrada e sem ter em conta as consequências para a cidade e para os seus residentes, encontram-se entre o que de mais lamentável se pode encontrar, com a edilidade a autorizar algo que, podendo oferecer vantagens financeiras, e, supostamente, contribuir para o desenvolvimento da cidade, pode ser trágico no médio e longo prazo.
Na verdade, o custo da resolução dos problemas que resultam do mau ordenamento urbano, sobretudo do que resulta da autorização de um vasto conjunto de edificações e estruturas que se revelam hoje particularmente prejudiciais para a cidade, ultrapassa em muito as receitas resultantes em taxas ou noutras receitas, pelo que, no final, o prejuízo para a maioria é evidente, sendo apenas beneficiados uns poucos, concretamente aqueles que beneficiam directamente deste novo edificado.
Quem autorizou estas estruturas, ou elementos que comprometem o escoamento de águas, dificilmente será responsabilizado enquanto decisor político, podendo apenas serem condenados, caso existamm aqueles que aceitaram algum tipo de contrapartida pela sua intervenção, o que, entre nós, raramente acontece, com a impunidade a estimular este tipo de comportamento.
As consequências destas opções estão hoje bem visíveis, extensamente documentadas nos inúmeros vídeos que podemos encontrar partilhados nas redes sociais ou nas extensas reportagens que ocuparam, durante muitas horas, uma boa parte dos canais televisivos, sendo patente que, felizmente, se começam a analizar mais as causas do que expor o que resultou das cheias que temos acompanhado quase hora a hora, substituindo o imediatismo e uma abordagem mais emocional por uma maior racionalidade que pretende ver o problema na sua globalidade.
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