Sabemos que sem estímulos muitos são os que recusam, pelas mais diversas razões, seguir procedimentos que os protegem aos próprios e à comunidade em que se inserem, e que, no mundo virtual, será particularmente alargada, pelo que tem que haver consequências para quem opte por não implementar as normas inerentes a um uso seguro da Internet, responsabilizando-o por consequências negativas e recusando compensações quando, mesmo que por acção de terceiros, as medidas adequadas não tiverem sido implementadas.
As autoridades oficiais há muito que, tal como acontece com a segurança noutras áreas, desde a segurança rodoviária aos cuidados a ter em época de incêndios, deviam implementar campanhas que visem uma presença segura na Internet, alertando para um conjunto de perigos, apontando para as soluções possíveis e, eventualmente, estabelecendo limites de responsabilidade quando seja verificado que um conjunto de procedimentos de segurança não foram observados.
A iniciativa da Polícia de Segurança Pública, que muito elogiamos, visa sobretudo os mais idosos, prevenindo-os contra burlas, com especial ênfase no "phishing", devendo ser alargada a outras áreas relacionadas com a segurança informática, e, sobretudo, ser mais abrangente, algo que extravasa o campo de acção de uma força policial, que tem missões próprias, justificando-se que passe para outro âmbito, mais abrangente e capaz de incluir estabelecimentos de ensino, empresas, instituições e todos quantos recorram às novas tecnologias e sintam a necessidade de adquirir novos conhecimentos na área da segurança.
Esta abrangência, com todos os recursos que tal implica, terá, necessariamente, de ficar a cargo de uma entidade especializada, vocacionada para estas questões, com o "know how" e meios adequados, capaz de desenvolver e implementar campanhas, enviar informação ou distribuir literatura, devendo ser complementada por legislação eficaz, que reconheça quer a gravidade dos crimes relacionados com a informática, quer o peso da negligência de tantos, cujas consequências tantas vezes recaiem também sobre terceiros, mesmo quando estes observam as normas e procedimentos de segurança expectáveis.
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