Se nos lembrarmos que o "Threads" ainda não está disponível universalmente devido a questões relacionadas com a protecção de dados, que plataformas ligadas à inteligência artificial demoraram meses a serem autorizadas e que a possibilidade de operar no sector financeiro enfrenta normas severas, o lançamento do sucessor do Twitter pode ser moroso e complexo, situação agravada após o despedimento de programadores e especialistas essenciais para esta conversão.
Esta profunda reconversão, que tem implicações na filosofia e modo de funcionamento, também pode ter diversas implicações, sendo perfeitamente possível que os utilizadores residentes em países onde o funcionamento da nova plataforma careça de autorizações fiquem sem possibilidade de acesso, ou com condicionamentos, o que pode levar a um desinteresse e mesmo abandono de um substancial número de utilizadores, que se irão juntar a tantos outros que, por outras razões, têm abandonado o Twitter.
Se o caminho escolhido for o que agora se antecipa, o sucessor do Twitter terá pela frente um processo longo até poder funcionar em pleno nos vários mercados onde pretende operar, sendo incerto quanto tempo levará a estar disponível para todos os actuais utilizadores que tenham interesse em manter-se activos após esta transição, o que implica grandes prejuízos para a empresa que, sob a actual direcção, pode mudar novamente de direcção.
Não antevemos grande sucesso ao sucessor do Twitter, seja pelo modelo de negócio seja, sobretudo, como resultado do imediatismo que Musk exige e que é incompatível com o poder regulatório vigente em muitos países, e na própria Comunidade Europeia, podendo o projecto colapsar antes de efectuada a transição e, caso um retrocesso seja inviável, ter como consequência o fim de uma das redes sociais mais populares nos anos mais recentes.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário