Comemorou-se ontém, 16 de Junho, o Dia Nacional em Memória das Vítimas dos Incêndios Florestais, na data que coincide com a tragédia de Pedrogão Grande, local escolhido para parte das comemorações oficiais do dia de Portugal, decorridas a 10 de Junho, onde esteve presente o Presidente da República, bem como diversas individualidades e entidades relacionadas com o poder central.
Nestes 7 anos, houve, naturalmente, diversas alterações, algumas por iniciativa das autoridades, outras pela inevitável evolução de um conjunto de factores condicionadores, cujos efeitos serão mais impactantes do que os que resultam de opções governativas ou organizativas, e que decorrem da secundarização, ou do completo abandono, do Interior do País.
Enquanto as medidas adoptadas podem minimizar alguns riscos, não passam de paliativos, de um controle de danos que, permitindo ganhar algum tempo, não ataca a raiz dos problemas, demasiadamente profundos para serem corrigidos por medidas que não reestruturem completamente a realidade nacional, corrigindo assimetrias, cada vez mais profundas, e que prejudicam o País como um todo e não apenas as zonas remotas do Interior.
Este abandono do Interior, contra o qual nos insurgimos e que temos vindo a denunciar, torna cada vez menos sustentáveis, e mesmo habitáveis, largas extensões do território, onde os encerramentos de serviços essenciais para a vida das populações e respectiva segurança continuam a ocorrer, sem que as verdadeiras consequências e encargos sejam realmente aferidos.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário