A título de exemplo, quando foram introduzidas profundas alterações na circulação de veículos na cidade de Lisboa, com a implementação da rede de ciclovias e o encerramento total ou parcial de artérias da maior importância ao trânsito automóvel, podendo aqui tratar-se da redução do número de vias, de um sentido, ou de ambas, o impacto no tempo de socorro é apreciável.
Desconhecemos se houve um estudo prévio que permitisse estimar o impacto deste tipo de alterações do trânsito no socorro, mas é óbvio, imediatamente intuitivo, que reduzindo de duas para uma faixa numa rua, do estrangulamento resulta uma maior demora na circulação e que, não podendo as viaturas desviar-se, o mais comum numa cidade, o impacto na velocidade média é enorme.
Sem esse estudo, que existindo, teria alertado para as consequências dramáticas de muitas alterações no trânsito a nível do socorro, seria criminoso avançar sem estabelecer planos alternativos realistas, algo que, manifestamente, não existem, tal como o é fazer alterações profundas num sistema viário cientes do impacto negativo para o socorro, com o risco para a segurança de todos, podendo colocar em risco a vida de quem sofra um acidente ou uma doença súbita.
Mesmo com reforço de meios, a falta de planeamento comprometerá um socorro atempado em muitas zonas ou locais do País, sendo conhecidos casos de demoras absurdas que não resultam do empenho e da funcionalidade dos meios, mas da impossibilidade de estes se deslocarem com a rapidez necessária, como consequência de um conjunto de condicionalismos que, sendo conhecidos, não são removidos.
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