Os incêndios na Madeira ainda não foram extintos, menos ainda existe uma investigação que permita estabelecer se os responsáveis operacionais e políticos tomaram as melhores decisões, e tal demorará meses, mas o comportamento de alguns protagonistas merece reparo.
Para além de uma incapacidade de reconhecer erros, usando o argumento minimalista de que, não havendo vítimas, perdas de habitações ou de infraestruturas, o combate contra as chamas foi um sucesso, numa altura em que perto de um sexto da área da Ilha da Madeira foi devastado, a presença, ou, concretamente, a ausência de alguns decisores políticos não pode deixar de ser polémica.
Não obstante existir uma estrutura hierárquica e um comando operacional, também existe uma estrutura política, legitimada pelos eleitores e que perante estes deve responder, a quem cabe, igualmente, um conjunto de decisões que, no limite, podem ser tão relevantes como as tomadas no teatro de operações.
Quanto o Presidente do Governo Regional e o Secretário da Protecção Civil não se coibem de abandonar a ilha da Madeira, no gozo de férias, a que, naturalmente têm direito, mas cujos cargos impõe limitações e restrições, para além da mensagem que enviam a todos quantos combatem os fogos e aqueles que são vítimas da destruição, e poderá ser incluído neste número a quase totalidade dos habitantes da ilha, que, mesmo não sendo directamente afectados, são privados de parte da beleza natural desta e da vertente económica que esta potencia, algo está, na nossa opinião, muito errado.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário