Aliás, estranhamos que, numa missão de evacuação de um ferido ligeiro, que já teve alta hospitalar. se tenha recorrido a transporte áereo, que devia estar reservado a situações de maior gravidade, e, sobretudo, que, ao contrário do previsto, por decisão do piloto, tenha aterrada numa pedreira e não no parque onde fora preparada a aterragem, obviamente a uma distância maior, mas em condições de segurança adequadas à operação de uma aeronave.
A coordenação das missões, manifestamente, teve falhas, com o helicóptero de combate aos fogos a ser dispensado à chegada, não tendo o piloto sido avisado da inutilidade do voo, enquanto na missão de evacuação, a opção pela evacuação aérea, havendo poucos meios disponíveis, levanta dúvidas quanto à adequação desta opção, que nos parece incompatível com os procedimentos estabelecidos.
Outro argumento que especialistas contestam, é a possível falha temporária do sistema hidráulico do helicóptero que caiu no Douro, contemplada em situações muito específicas, no caso de manobras muito bruscas efectuadas à velocidade máxima, e que teriam consequências durante um período máximo de 3 segundos, constante da documentação do aparelho, que, na altura do mencionado desvio de uma ave, dificilmente iria à velocidade máxima, injustificada numa situação de regresso à base, após abortar uma missão, e que, portanto, não implicaria uma pressa que justificasse um voo nos limites.
A possível avaria do comando de passo cíclico, uma das possibilidades apontadas, faz mais sentido, porque faz o helicóptero perder capacidade direcional, mas a velocidade do impacto aponta para algo mais extenso, eventualmente incluindo a do passo colectivo, o que representaria, virtualmente, um colapso dos comandos, já que o recurso aos pedais pouco poderia alterar uma trajectória que, no caso concreto, era descendente, e a velocidade que seria a de cruzeiro, acrescida do aumento provocado pela descida.
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