Mesmo para um leigo, o local escolhido para a colocação de alguns destes "outdoors" não faz sentido em termos de segurança, seja pelo local que ocupam, obrigando a contornar obstáculos, seja pela distração que provocam nos condutores, e, efectivamente este é o seu propósito, enquanto suporte publicitário tendo em conta a forma de instalação.
Ninguém coloca um "outdoor" numa faixa separadora para que este seja visto por peões, é óbvio que apenas quem se desloca numa viatura pode, durante a aproximação, visualizar adequadamente os conteúdos que, para que sejam efectivamente visíveis, necessitam estar iluminados durante a noite, o que contraria todas as normas e princípios de segurança.
Quem necessite de ver exemplos, basta deslocar-se à Avenida de Roma, perto do cruzamento com a Avenida João XXI, ou, andando um pouco mais, ver o "outdoor" colocado na Praça de Londres, em frente a uma agência da Caixa Geral de Depósitos, para verificar, "in loco", o absurdo dos locais escolhidos e tentar determinar as razões que levaram à escolha do posicionamento, sendo certo que houve pouco respeito pela segurança, perdida em prol de receitas camarárias.
Em Portugal não existe uma cultura de segurança, sendo possível efectuar acções que a coloquem em causa pagando para o efeito, com as prioridades a recair no aumento de receitas enquanto se secundarizam os residentes, sobretudo em grandes cidades transformadas em roteiros turísticos, cada vez mais descaracterizadas e hostís, nas quais o socorro, face ao tráfego e falta de planeamento das vias de circulação, é moroso, e os perigos aumentam constantemente.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário