terça-feira, outubro 01, 2024

CTT vs outros - 2ª parte

É absurdo que, após a saída da Alfândega, portanto ficando apenas a faltar a fase final do trajecto, que inclui a passagem por um centro operacional e entrega, os CTT demorem mais de uma semana, concretamente 10 dias, para proceder à entrega de um pequeno objecto numa zona central de Lisboa, o que demonstra bem a qualidade do serviço prestado aos seus clientes, muitos dos quais, como nós, nunca optariam pelos serviços de uma empresa conhecida pelos atrasos constantes.

Também é grave o facto de uma encomenda registada, seguida nos vários passos do trajecto, nunca tenha registo nos CTT, seja de entrada, seja de saída, sabendo-se apenas que a entrega é da responsabilidade dos CTT, o que permite aos menos escrupulosos reclamar por uma suposta não entrega, não havendo no sistema de seguimento qualquer informação que não seja a confirmação da empresa responsável pela entrega ao destinatário, tal como o confirma o registo de uma encomenda após entrega, que nunca foi sequer registada no sistema.

Reclamar junto dos CTT é, naturalmente, uma completa inutilidade, chegando ao rídiculo de tratar uma reclamação como uma sugestão, pelo que qualquer tipo de diálogo neste âmbito deve ser efectuado recorrendo ao Livro de Reclamações, existente em formato electrónico, o que evita perdas de tempo num posto de atendimento, ou enviando uma mensagem directamente à ANACOM, autoridade que supervisiona o sector das comunicações.

Desde há muito que consideramos os CTT como exemplo do que de pior existe em termos de serviço, penalizando a economia nacional de forma particularmente onerosa, sendo injustificável que continue a ser concessionária, sem abertura de concurso, do serviço postal universal, o que demonstra que o Estado não tem em conta o interesse público, sacrificando-o em prol de estratégias que não são passíveis de explicação ou justificação pública.

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