Com este texto pretendemos apenas fazer um seguimento, lembrando que os anunciados inquéritos, sempre anunciados após acidentes, ou mesmo simples incidentes, tendem a ficar pela sua forma preliminar, tipicamente publicados no espaço de poucos dias, do que resulta a impossibilidade de uma análise profunda do sucedido.
Rapidamente substituídos por notícias mais recentes, e, naturalmente, em muitos casos a actualidade impõe esse ênfase noticioso, são muitas situações da maior gravidade que, num curto espaço de tempo, caem num quase esquecimento, relegados para páginas interiores na imprensa escrita e pequenas notas de roda pé nos jornais televisivos.
Com o passar do tempo, para além de familiares e dos mais próximos das vítimas, já poucos são os que ainda seguem a evolução das investigações subsquentes a acidentes, tipicamente demoradas, obrigando a perícias complexas, nalguns casos efectuadas no estrangeiro, e que, na altura do término, com a entrega de um relatório final, com conclusões mais ou menos defenitivas, já pouca atenção merecem do público em geral.
A falta de interesse dos orgãos de comunicação social, que, se por um lado seguem as tendências da audiência, por outro também as estimulam, deriva da rápida percepção da existência de temáticas mais mobilizadoras, que podem ser abordadas de forma menos aprofundada e mais emotiva, o que dispensa especialistas e apela sobretudo a emoções e sentimentos, seguindo métricas de audiência e, consequentemente, maiores ganhos.
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