Se actualmente as falsas chamadas já são um flagêlo, com um sistema automático estas podem rapidamente gerar um caos, sendo impossível de prever até que ponto simples "bots" que responda "sim" e "não" de forma aleatória podem fazer colapsar o sistema, comprometendo o seu funcionamento nas várias vertentes de atendimento.
É sempre de notar que, desde há muito, o número de chamadas perdidas é particularmente elevado, com inúmeros casos de falha no socorro, que não é prestado atempadamente, dentro dos limites do estabelecido e imposto pelas boas práticas e recomendações internacionais, a serem continuamente reportados, com o sindicato dos técnicos a apontar para períodos em anos anteriores onde sucederam situações similares.
A própria abordagem da comunicação social, e de muitos políticos, parece ignorar o facto objectivo de esta ser uma greve a horas extraordinárias e não ao trabalho, o que merece uma abordagem completamente diferente, não apenas quanto ao conteúdo de muitas afirmações, mas, também, quanto ao enquadramento legal, sendo óbvio que a imposição de serviços mínimos a trabalho suplementar não tem um enquadramento jurídico equivalente à referente ao trabalho dentro do horário normal.
O que fica evidente é que, face à carência de técnicos, a linha 112 não funciona normalmente sem o recurso extensivo a horas extraordinárias, convertendo a excepcionalidade numa nova normalidade, e tentando-se aplicar o regime jurídico do normal ao excepcional, numa transferência que nos parece inaplicável e que apenas pode servir para justificar a inacção de sucessivas tutelas políticas.
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