Obviamente, tendo em conta a falta de técnicos, o que vai suceder é que será colocada uma barreira inicial nas chamadas para o 112, dado que os escassos recursos disponíveis irão passar a ser alocados para a resposta às chamadas cujo algoritmo determinar serem as mais urgentes, remetendo para uma lista de espera, que pode ser longa, as restantes.
Por outro lado, temos o problema das questões a colocar, das quais depende toda uma sequência e o encaminhamento, bem como o algoritmo que vai analizar as respostas e determinar o grau de urgência, pelo que estamos diante de um conjunto de procedimentos cuja programação é complexa e implica testes, como forma de obviar a problemas ainda mais sérios do que os que se verificam actualmente.
Também não será de excluir que, perante situações de urgência, as respostas sejam dadas de forma a agravar a percepção da gravidade da situação, algo de que um operador humano se pode aperceber, mas que um sistema automático pode aceitar com maior facilidade, colocando o pedido de socorro num nível de prioridade indevido, que será atendido mais rapidamente, sendo improvável que, após o contacto, mesmo que o operador se aperceba de que a situação é menos problemática do que o esperado, não proceda ao envio de meios de socorro.
Desta forma, para além do problema no atendimento, a própria gestão de meios irá tornar-se problemática, sendo certo que as formas de ultrapassar o sistema de antendimento e de prioridades, seja respondendo de forma errada, intencionalmente ou não, seja ligando directamente para bombeiros ou outras entidades, incluindo forças policiais, irão tornar-se ainda mais frequentes, agravado pelas falsas chamadas, virtualmente impossíveis de despistar pelo sistema automático.
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