Alguém esqueceu 2.000.000.000 de Euros? - 1ª parte

Na altura do apagão de 28 de Abril, tornou-se imediatamente óbvio que o custo seria colossal, tendo nos textos publicados nos dias seguintes estimado um valor imediato superior a 1.000.000.000 de Euros, que iria aumentar substancialmente com a disrupção das cadeias de produção e distribuição.

Recentemente, associações empresariais estimaram o prejuízo total em 2.000.000.000 de Euros, um valor que, sendo possível, nos parece algo exagerado, eventualmente para ser utilizado como base negocial, mas que confirma que, da falta de preparação do País para este tipo de eventualidade, o custo seria enorme.

Segundo o estudo, 99% das empresas industriais terão side afectadas, com prejuizos quantificáveis, e a maioria não tem geradores ou meios que permitam laborar quando a energia falha, o que não significa que aquelas que têm sistemas de recurso possam continuar a operar com normalidade ou que estes sistemas operem durante falhas de energia mais prolongadas.

Naturalmente, para um conjunto de indústrias específicas, que dependem de um fornecimento de energia constante e em grande escala, dificilmente existirão métodos alternativos, sendo certo que para aquelas que usam sistemas de produção em contínuo que, quando desligados, necessitam de um período longo para voltarem a operar, o problema aumenta de forma substancial.